Educação Financeira e o Crescimento Econômico

A Educação Financeira é essencial para o Crescimento Econômico.

Em um sistema financeiro em que o crédito é confundido com receita e os investimentos, na sua grande maioria, são custeados através de financiamentos bancários, o número de inadimplentes passa a ser um dado importante para a implementação de políticas públicas eficazes e para projeção de consumo para a indústria e varejo.

A inclusão financeira

com o uso de implementação ou transferência de renda, auxílios emergenciais, uso da folha de pagamento, adiantamento de salários, isenções fiscais, criação de programas de parcelamento de débitos exauriram-se e seus efeitos não fomentaram a retomada econômica. 

A concessão de crédito como estímulo ao consumo interno tornou-se inviável ante a quantidade de indivíduos inadimplentes, o aumento sucessivo do custo de vida e do alto custo do dinheiro.

Com dificuldade de gerar receita, altos índices de endividamento, desemprego e limitação de crédito as famílias são obrigadas a diminuir o consumo e os reflexos são a desaceleração econômica, desocupação imobiliária, aumento da evasão escolar e queda nas expectativas futuras.

Em momentos assim há necessidade de um pacto em favor da educação financeira, estimulando a discussão do assunto nas famílias, no trabalho, nas escolas e em ambientes sociais.

A educação financeira é o primeiro passo para o crescimento econômico e o remédio mais barato contra excessos consumeristas e desinformação.

Através da divulgação da informação​

do treinamento e ferramentas de planejamento, as famílias e seus indivíduos conseguem organizar dívidas, entender gastos e se capacitar para retomar o consumo.

Podemos pensar em quatro lições importantes para iniciarmos essa jornada. A primeira lição baseia-se em compilar informações públicas da sua situação financeira usando a plataforma Registrato, do Banco Central do Brasil. É um ambiente virtual em que as pessoas e empresas têm acesso a todas as suas dívidas, empréstimos e contas correntes e onde podemos aferir a situação econômico-financeira e o grau de endividamento do indivíduo. A segunda lição é entender como o mercado o enxerga e para isso temos que aferir os apontamentos e negativações, protesto nacional e risco do setor no SPC Brasil e Serasa, a  terceira lição está intimamente ligada com a sua declaração de bens e receita do imposto de renda: trata-se de um documento importante para verificar o registro do seu patrimônio, rendas e obrigações e não menos importante é a lição para conseguir crédito nos Bancos. Significa dizer que é importante ampliar seu rol de possíveis cedentes de crédito e com as inúmeras fintechs do mercado as possibilidades e modalidades de crédito são vastas.

Estudar as instituições financeiras e suas especificidades, tais como Banco de fomento, Banco privado, Banco público, Banco segmentado, Banco cooperado é importante para verificar a vocação do seu empréstimo.

Microempreendedores

Setores específicos como os microempreendedores individuais têm mais facilidades no Banco do Povo e linhas de crédito especiais em diversos bancos. Quando há uma garantia imobiliária as fintechs oferecem boas condições, cooperativas de crédito são uma opção interessante também.

Organizando as finanças e falando do uso consciente do dinheiro temos um caminho para o crescimento econômico.

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Autor:

Alexandre Damásio Coelho

Conselheiro do IDHE – Instituto de Desenvolvimento Humano e Empresarial

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